terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Regimes Parlamentares

O Caso Holandês
   Como estudado anteriormente, a Holanda não teve um regime absolutista mas sim um regime parlamentar. Tinha também uma sociedade diferente das outras da sua época, enquanto a Europa era maioritariamente rural, na Holanda mais de metade da população viviam nas cidades; a burguesia era o grupo mais dominante e numeroso, participando na vida político-administrativa como a nobreza, e a nobreza era pouco influente e reduzida (isto era o contrário do que se passava nos regimes absolutistas); a Holanda tinha também um nível de vida bastante bom, sendo o mais elevado na época.
   A população vivia com um espírito de tolerância e de liberdade, isto é, aceitava todos aqueles que quisessem ir para o país, podendo ter outras crenças, e outras diferenças e a população era livre, não sendo perseguida. Também tinha uma imprensa bastante desenvolvida assim como a educação e a cultura devido à junção de várias culturas/pessoas diferentes. O seu governo era quase uma república.
   Os órgãos político-administrativos mais importantes desta república eram órgãos colectivos, formados por representação das principais famílias burguesas e nobres da cidade.

O Caso Inglês
   Assim como na Holanda, Inglaterra apresentava uma forte mobilidade social (isto é, mudança de classes sociais, subir para uma classe elevada ou descer para uma classe inferior) e de um incremento das classes médias (isto é, desenvolvimento das classes médias, burguesia). Estas características são factores da forte recusa do Absolutismo na Inglaterra mas que ainda surgiu um pouco no século XVII.
   No século XVI, quiseram impor o absolutismo, não tendo conseguido e por isso o Parlamento inglês recorreu da Magna Carta, que havia de ter sido feita no século XIII, para mostrar àqueles que queriam o absolutismo que não o poderiam fazer pois ia contra esta carta, que dizia que o Parlamento é que fazia as leis e os reis aceitavam-nas. Como a insistência continuava o Parlamento viu-se forçado a criar a Petição de Direito, que era um documento que o rei não podia retirar o poder do Parlamento, havendo uma série de condições ou regras que o rei não podia quebrar. Com este documento o rei jurou que não iria impor a absolutismo mas isso não aconteceu e teve de ser Cromwell a conseguir impor uma república que todos pensavam ser o melhor, mas revelou-se uma péssima escolha pois Cromwell tornou-se uma espécie de ditador. Foi imposta a monarquia parlamentar pouco tempo depois e desta vez o rei teve de jurar e assinar uma Declaração de Direitos no qual o rei se comprometia a respeitar a liberdade de todos, entre outros. Com esta “revolução” o Parlamento tornou-se um órgão fundamental na vida política da Inglaterra.

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