sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A Grande depressão e o seu impacto social
A «era de prosperidade» vivida no pós-guerra levou a um grande crescimento de especulação bolsista. Porém, esta prosperidade era um pouco falsa porque as pessoas não tinham de facto o dinheiro que aparentavam ter. Esta crise teve o seu epicentro nos EUA e alastrou-se rapidamente a todo o mundo, com exceção da URSS, que como não tinha um sistema capitalista nem tinha grandes ligações comerciais, não foi afetada.
Os primeiros sinais desta crise foram o facto da superprodução da indústria automóvel americana ter obrigado os industriais a diminuírem o fabrico. Assim, as indústrias metalúrgicas ressentiram-se e a Bolsa de Nova Iorque entrou em pânico. No dia 24 de outubro de 1929 – Quinta-feira Negra – foram colocados milhões de títulos a baixos preços: crash bolsista. Isto levou a que a economia paralisasse conduzindo a uma deflação.

         A mundialização da crise
Como os países europeus eram dependentes dos EUA, estes rapidamente sofreu com a crise, havendo uma mundialização (ou prolongamento) da crise. A Alemanha, a Inglaterra e a Áustria foram os mais afetados. Os bancos faliram, o crédito foi cortado originando a falência das empresas. A desvalorização da moeda e a inflação estavam presentes em quase todos os países dificultando as relações comerciais. Isto aconteceu devido à retirada dos capitais americanos da Europa. As colónias foram igualmente afetadas porque não havendo exportações nem importações, não vale a pena produzir.

         A crise económica tornou-se crise social e política
Com o aumento da crise os problemas sociais surgiram; estes eram o desemprego, manifestações e greves. Todas as classes estavam descontentes e reivindicavam a intervenção do Estado.
Esta crise trouxe ao de cima as fraquezas do capitalismo e da democracia liberal:
            -Comunistas: como achavam que o capitalismo iria cair, ficaram contentes com esta crise e aproveitaram para intensificar a luta de classes.
            -Socialistas: defendiam que para combater a crise eram necessárias medidas profundas, originando uma socialização da economia.
            -Outros: diziam que um Estado forte com um chefe forte salvaria os países.
A crise vinha pôr em causa o capitalismo liberal e o parlamentarismo.

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