sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

As doutrinas fascistas

O fascismo tinha como princípios básicos o facto de ser contra o liberalismo, o socialismo e o comunismo – caráter antiliberal, antissocialista e anticomunista; defendia uma mística do Estado e da Nação que via como um corpo único que englobava todos os indivíduos, todos os interesses e absorvia todos os conflitos. Assim, o estado representava toda a Nação, sobrepondo-se a todos os interesses privados e a todos os particularismos e regionalismo. O poder do estado era indiscutível e inquestionável, obrigando os cidadãos a total obediência e devoção. Foi também usada a teoria do partido único. O culto do chefe foi um dos símbolos deste tipo de regime onde o chefe deveria ser uma pessoa eleita, predestinada, dotada de dons especiais e que representasse tudo.
No fascismo, era das elites de onde saiam os melhores que posteriormente iam ocupar cargos importantes. Estas eram preparadas desde crianças com a propaganda e por programas levados a cabo nas escolas (controlo de professores e dos programas; associações infantis e juvenis que integravam atividades recreativas, desportistas e paramilitares) que educavam os jovens para a doutrina do regime. Defendia ainda que a sociedade tinha que ter distinções hierárquicas e o sentido de obediência às superiores, assim como, que as elites eram superiores, pois era aceite a desigualdade. Esta importância das elites levou a uma variante alemã – nacionalismo-socialismo/nazismo – que tinha um caráter radical e extremista, cultivando-se a teoria da raça superior – raça ariana.
Outra das características do fascismo é o enquadramento de massas que tinha como função colocar todos com o mesmo pensamento. Para isto resultar foi necessário passar uma imagem de poder, força, trabalho e ordem. Isto assentava-se no cunho militarista do Governo e do Partido único que davam a conhecer as suas ideias com comícios e festejos. A propaganda (que tentava estreitar as relações entre o cidadão e o estado) era dividida em duas partes: uma era a filiação ao partido único, pois os campos da função pública era unicamente atribuídos a membros do mesmo; outra era a inscrição obrigatória de todos os trabalhadores nos sindicatos fascistas pois a defesa dos seus interesses estava a cargo do partido. Os regimes fascistas usavam a força, a violência e a censura intelectual para manter a ordem e a ideologia em todos. Foram criadas polícias políticas que tinham como função a vigilância (em Itália – Organização de Vigilância e Repressão Antifascista; na Alemanha – Gestapo).

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