sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O estalinismo

Representante do Estalinismo - Estaline

Lenine morreu antes de ver o êxito da NEP. Depois da sua morte, Estaline assumiu o seu lugar tendo exercido vários cargos ao mesmo tempo. Afastando os seus opositores conseguiu com que a sua popularidade aumentasse. Travou uma «luta» com Trostski, seu opositor, e através das purgas (operações de limpeza ideológicas para eliminação de provas de práticas duvidosas dentro do partido) «eliminou» variados adversários. Estaline tornou-se o representante dos ideais comunistas no Mundo e associou-as ao seu trabalho a fé e espírito de sacrifício dos bolcheviques. O seu governo teve medidas importantes para a história mundial: concretização social e económica da revolução comunista, fazendo com que a URSS se elevasse entre as nações industrializadas; alargou a solidariedade entre as nações soviéticas; tornou-se chefe do socialismo. Em 1927, o XV Congresso do Partido Comunista da União Soviética restabeleceu a coletivização de todos os meios de produção, abolindo toda e qualquer propriedade privada, pois para Estaline este era o único caminho para uma igualdade social. Assim, tudo passava a ser do Estado.
Nos campos, as terras foram organizadas em cooperativas – kolkhozes – que eram trabalhadas pelos habitantes da mesma aldeia; as terras abandonadas eram os sovkozes, isto é, propriedades exploradas sob direção de técnicos públicos.
A coletivização da agricultura obteve uma grande resistência, levando a que Estaline tomasse medidas mais rígidas.
Para o comércio, Estaline queria que o país se industrializasse. Para isto criou os Planos Quinquenais (cinco anos) que estabelecia objetivos. Esta organização levou a uma planificação da economia. Porém, as dificuldades surgiam e para contornar estas o Governo tomava medidas mais eficientes.
O centralismo económico estalinista correspondia a um centralismo político, fazendo com que só houvesse um partido. O estado estava assim de tudo, inclusive da nação. Surgiu então duas linhas de atuação política:
       -linha democrática: sufrágio universal e instituía órgãos do poder político e administrativo de acordo com a maioria;
       -linha autoritária, centralizadora e repressiva: obrigava todos os órgãos a obedecerem à hierarquização – centralismo democrático.

O racismo nazista

nazismo estabeleceu o racismo como a política do Estado. Este racismo tinha como bases a convicção da superioridade da raça ariana. Esta teoria foi celebrizada por Hitler, que procurou outras teorias científicas para formar a sua. Como para Hitler a raça ariana era superior, este orientou a sua politica no sentido da conquista do «espaço vital» (território sobre a governação de algo/alguém) e da unificação de todos os alemães num único espaço.
As suas medidas foram:
       -defesa das qualidades da raça alemã e o seu apuramento progressivo: escolhas dos melhores genes e eliminação dos maus. Isto resultou no cruzamento genético entre pessoas com genes «puros», levou à proibição de casamentos mistos, à esterilização obrigatória dos alemães degenerados e morte de crianças deficientes ou em estado terminal.
       -discriminação das outras raças: todas as raças que não fossem arianas eram consideradas inferiores (judeus, essencialmente).
O povo alemão estava convicto de que os judeus eram uma raça a erradicar e implantaram o antissemitismo (perseguição aos judeus). Isto incentivou a população a fazer de tudo para não deixar que os judeus enriquecessem e pudessem interferir com as suas políticas, assim como, tentar acabar com esta raça. A retirada da nacionalidade alemã a todos os judeus, a proibição de casamentos e relações sexuais entre arianos e judeus e a proibição aos judeus de terem algumas profissões. Estas medidas extremistas culminaram com a noite de Cristal: destruição de vários edifícios judeus. Os judeus tinham que estar identificados com uma estrela amarela e foram mandados para guetos (Polónia e Holanda) ou para campos de concentração. A morte dos judeus era considerada a solução final para o problema judaico na Alemanha – esta exterminação é denominada por genocídio.

Representante do Nazismo - Adolfo Hitler;
 com o símbolo nazista

O corporativismo italiano

Representante do Fascismo Italiano - Musssolini

O fascismo italiano era anti-individualista e antimarxista, tendo inovado na regulamentação da ligação capital-trabalho e as relações socioeconómicas. Aceitava a propriedade privada, porém rejeitava o individualismo liberal, organizando as diferentes profissões em corporações e admitia dois sindicatos: um dos patrões e outro dos operários. O Governo proibiu as greves e os lock-outs e submeteu as relações entre sindicatos da mesma corporação à arbitragem do estado de modo a incentivar a justiça social e a progredir a economia nacional. Deste modo, o estado deveria assumir o controlo de toda a economia e deveria ser autárcica, ou seja, ser autossuficiente. O êxito do corporativismo levou à transformação dos sindicatos fascistas em sindicatos unificados de patrões se empregados – corporações mistas. O estado tornou-se um Estado corporativo quando a câmara dos deputados foi substituída por uma câmara composta por altos representantes do partido e representantes das corporações mistas.



As doutrinas fascistas

O fascismo tinha como princípios básicos o facto de ser contra o liberalismo, o socialismo e o comunismo – caráter antiliberal, antissocialista e anticomunista; defendia uma mística do Estado e da Nação que via como um corpo único que englobava todos os indivíduos, todos os interesses e absorvia todos os conflitos. Assim, o estado representava toda a Nação, sobrepondo-se a todos os interesses privados e a todos os particularismos e regionalismo. O poder do estado era indiscutível e inquestionável, obrigando os cidadãos a total obediência e devoção. Foi também usada a teoria do partido único. O culto do chefe foi um dos símbolos deste tipo de regime onde o chefe deveria ser uma pessoa eleita, predestinada, dotada de dons especiais e que representasse tudo.
No fascismo, era das elites de onde saiam os melhores que posteriormente iam ocupar cargos importantes. Estas eram preparadas desde crianças com a propaganda e por programas levados a cabo nas escolas (controlo de professores e dos programas; associações infantis e juvenis que integravam atividades recreativas, desportistas e paramilitares) que educavam os jovens para a doutrina do regime. Defendia ainda que a sociedade tinha que ter distinções hierárquicas e o sentido de obediência às superiores, assim como, que as elites eram superiores, pois era aceite a desigualdade. Esta importância das elites levou a uma variante alemã – nacionalismo-socialismo/nazismo – que tinha um caráter radical e extremista, cultivando-se a teoria da raça superior – raça ariana.
Outra das características do fascismo é o enquadramento de massas que tinha como função colocar todos com o mesmo pensamento. Para isto resultar foi necessário passar uma imagem de poder, força, trabalho e ordem. Isto assentava-se no cunho militarista do Governo e do Partido único que davam a conhecer as suas ideias com comícios e festejos. A propaganda (que tentava estreitar as relações entre o cidadão e o estado) era dividida em duas partes: uma era a filiação ao partido único, pois os campos da função pública era unicamente atribuídos a membros do mesmo; outra era a inscrição obrigatória de todos os trabalhadores nos sindicatos fascistas pois a defesa dos seus interesses estava a cargo do partido. Os regimes fascistas usavam a força, a violência e a censura intelectual para manter a ordem e a ideologia em todos. Foram criadas polícias políticas que tinham como função a vigilância (em Itália – Organização de Vigilância e Repressão Antifascista; na Alemanha – Gestapo).

As opções totalitárias

         Os fascismos, teoria e prática
Após a 1ª guerra, o otimismo foi substituído pelo pessimismo que se fez notar na classe média. Este pessimismo traduzia-se no antiparlamentarismo, no irracionalismo, no nacionalismo agressivo e na defesa de medidas radicais e ditatoriais para com a crise.
Nos países derrotados (Alemanha) e os descontentes com o resultado da guerra (Itália) os problemas relacionados com a crise levaram a soluções violentas com características nacionais. Formaram-se grupos de extrema-direita, onde se inclui pessoas e grupos descontentes com a situação financeira e politica destes países. Assim, os regimes totalitários começaram a surgir, onde o fascismo (Itália) e o nazismo (Alemanha) se impuseram.
Estas doutrinas totalitárias foram aceites por muitas pessoas pois temiam que o comunismo, que se estava a expandir além da URSS, chegasse ate aos seus países, e alem do mais as graves crises económicas e sociais não se conseguiam resolver.
A Grande depressão e o seu impacto social
A «era de prosperidade» vivida no pós-guerra levou a um grande crescimento de especulação bolsista. Porém, esta prosperidade era um pouco falsa porque as pessoas não tinham de facto o dinheiro que aparentavam ter. Esta crise teve o seu epicentro nos EUA e alastrou-se rapidamente a todo o mundo, com exceção da URSS, que como não tinha um sistema capitalista nem tinha grandes ligações comerciais, não foi afetada.
Os primeiros sinais desta crise foram o facto da superprodução da indústria automóvel americana ter obrigado os industriais a diminuírem o fabrico. Assim, as indústrias metalúrgicas ressentiram-se e a Bolsa de Nova Iorque entrou em pânico. No dia 24 de outubro de 1929 – Quinta-feira Negra – foram colocados milhões de títulos a baixos preços: crash bolsista. Isto levou a que a economia paralisasse conduzindo a uma deflação.

         A mundialização da crise
Como os países europeus eram dependentes dos EUA, estes rapidamente sofreu com a crise, havendo uma mundialização (ou prolongamento) da crise. A Alemanha, a Inglaterra e a Áustria foram os mais afetados. Os bancos faliram, o crédito foi cortado originando a falência das empresas. A desvalorização da moeda e a inflação estavam presentes em quase todos os países dificultando as relações comerciais. Isto aconteceu devido à retirada dos capitais americanos da Europa. As colónias foram igualmente afetadas porque não havendo exportações nem importações, não vale a pena produzir.

         A crise económica tornou-se crise social e política
Com o aumento da crise os problemas sociais surgiram; estes eram o desemprego, manifestações e greves. Todas as classes estavam descontentes e reivindicavam a intervenção do Estado.
Esta crise trouxe ao de cima as fraquezas do capitalismo e da democracia liberal:
            -Comunistas: como achavam que o capitalismo iria cair, ficaram contentes com esta crise e aproveitaram para intensificar a luta de classes.
            -Socialistas: defendiam que para combater a crise eram necessárias medidas profundas, originando uma socialização da economia.
            -Outros: diziam que um Estado forte com um chefe forte salvaria os países.
A crise vinha pôr em causa o capitalismo liberal e o parlamentarismo.

O agudizar das tenções políticas e sociais a partir dos anos 30

Introdução
Após a 1ª Guerra Mundial, a Europa teve que se reconstruir e se reorganizar levando-a a um período de grande desenvolvimento, os Anos 20. Porém, este grande desenvolvimento deparou-se com um grande obstáculo: a grande depressão de 1929. O progressivo aumento dos problemas gerou uma grande agitação política e social. Formaram-se forças de esquerda (comunismo) e de direita (fascismo e nazismo).
Estas divergências políticas levaram a que se pusesse em causa a sobrevivência dos regimes saídos da 1ª guerra.
Portugal teve um regime salazarista – Estado Novo.