domingo, 5 de dezembro de 2010

Proteccionismo e Mercantilismo Inglês e Francês

Proteccionismo

   O proteccionismo são medidas económicas tomadas pelos reis que servem para protecção das classes sociais e no pagamento de impostos – aduaneiras – nas importações, fazendo com que o reino poupa-se a sua riqueza (ouro e/ou prata).
   O proteccionismo foi implantado em vários países da Europa, como a Holanda, para favorecimento das exportações e proibição das importações. Foi também apoiado nas medidas mercantilistas.
   As características do intervencionismo dos estados nas economias foram:
      -redução das taxas fiscais para as exportações, com isto, as exportações aumentavam pois não haveriam taxas alfandegárias tão altas, proporcionando a um aumento nas exportações;
      -proibição das importações de artigos de luxo, com este aumento nas taxas alfandegárias para importações de artigos de luxo e não só (vários produtos, com excepção para as matérias-primas para a indústria), que diminuíam o consumo de produtos estrangeiros e fomentava o consumo interno;
      -incentivo à produção manufactureira, foram criados locais específicos de produção e autorização de isenções e/ou reduções fiscais, prémios de produção e de qualidade, entre outros, para fomentar a produção manufactureira interna;
      -criação de companhias comerciais, que estavam em regime monopolistas e/ou régio que favorecia o comercio externo e expansão do comércio de cada país para vários pontos do mundo;
      -aquisição do exclusivo comércio com as suas colónias, ao manter as colónias fechadas aos outros países, o comércio tornara-se menos concorrido e mais rentável para o país colonizador.

O mercantilismo:
            - Inglês
   A Inglaterra adoptou as medidas mercantilistas no século XVII, com o objectivo de proteger a sua economia da expansão comercial holandesa.
Cromwell decretou vários Actos de Navegação – leis que restringiam a liberdade dos navios estrangeiros no comércio dos portos ingleses.
   O Acto de Navegação de Cromwell, não permitia a entrada nos portos ingleses de barcos estrangeiros com mercadoria que não tivesse sido produzida nos seus países de origem; obrigava a que todo o comércio inglês (colónias – Inglaterra – colónias) se realizasse em navios ingleses; os colonos só podiam comerciar com a Inglaterra e só a ela comprarem produtos que necessitassem.
   Estes actos favoreceram a marinha mercante, o desenvolvimento do comércio, a fomentação da expansão colonial inglesa que transformou Londres num grande entreposto comercial de mercadorias coloniais (algodão, açúcar, etc) que recebia muitos lucros.
   A prosperidade inglesa apoiou-se numa política de desenvolvimento industrial e agrícola. Sendo esta política económica, flexível, e menos dirigista, agradando à burguesia e ao povo.

            -Francês
   As primeiras medidas em França foram impulsionadas por Colbert – ministro do governo de Luís XIV – que teve como objectivos o engrandecimento da economia francesa pelo incremento da produção manufactureira, pelo fortalecimento do comércio externo e pelo alargamento das áreas coloniais e respectivo comércio, que afastou a poderosa concorrência dos Holandeses.
   Mas já no reinado do rei Luís XIII, o cardeal Richelieu esteve empenhado em vencer a hegemonia holandesa com a impulsão da construção naval e de novos portos, também incentivou a fundação de companhias mercantis destinadas ao comércio colonial.

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